SENDARIUM
Um Caminho de Vida Espiritual para o Apostolado Leigo.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
ONDE NÃO HÁ ÓDIO À HERESIA, NÃO HÁ SANTIDADE
domingo, 12 de janeiro de 2025
EVANGELHO DO DOMINGO
BATISMO DO SENHOR
O Batismo de Jesus constitui, ao contrário, um ato litúrgico por excelência, pois o Senhor se manifesta publicamente em sua missão salvífica. Chega ao fim o tempo dos Profetas: o Messias tão anunciado torna-se realidade diante o Precursor nas águas do Jordão. E o batismo de Jesus é um ato de extrema humildade e de misericórdia de Deus: assumindo plenamente a condição humana, Jesus quis ser batizado por João não para se purificar pois o Cordeiro sem mácula alguma não necessitava do batismo, mas para purificar a humanidade pecadora sob a herança dos pecados de Adão. Ao santificar as águas do Jordão e nelas submergir os nossos pecados, Jesus santificou todas as águas do Batismo Sacramental de todos os homens assim batizados.
Ao receber o batismo de João, Jesus rezava: 'E, enquanto rezava...' (Lc 3, 21). E, enquanto Jesus rezava, 'o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre Jesus...' (Lc 3, 21-22). O Espírito Santo manifesta-se diante da oração proferida na intimidade com o Pai, sem anelos de vanglória e clamor. Oração humilde, profunda, de absoluta confiança e louvor ao Pai, que induz a primeira manifestação da Santíssima Trindade, ratificada pela pomba e pela voz que vem do Céu: 'Tu és o meu Filho amado, em ti ponho o meu bem-querer' (Lc 3, 22). No batismo do Jordão, manifesta-se em plenitude a divindade de Cristo.
Eis a síntese da nossa fé cristã, legado de Deus a toda a humanidade, sem distinção de pessoas: 'ele aceita quem o teme e pratica a justiça, qualquer que seja a nação a que pertença' (At 10, 35). No Jordão, o céu se abriu para o Espírito Santo descer sobre a terra. No Jordão, igualmente, manifestou-se por inteiro o perdão e a misericórdia de Deus e a graça da salvação humana por meio do batismo. E, com o batismo de Jesus, tem início a vida pública do Messias preanunciado por gerações. Esta liturgia marca, portanto, o início do Tempo Comum, período em que a Igreja acompanha, a cada domingo e a cada semana, as pregações, ensinamentos e milagres de Jesus sobre a terra, o tempo em que o próprio amor de Deus habitou em nós.
sábado, 11 de janeiro de 2025
QUESTÕES SOBRE A DOUTRINA DA SALVAÇÃO (II)
Se essa doutrina fosse uma mera opinião humana ou o resultado apenas de raciocínios humanos, poderia ser vista como pouco caridosa ou de qualquer outra forma que se queira; mas é uma doutrina que não depende da razão humana. É um ponto que depende exclusivamente da vontade do Todo-Poderoso; e a única questão é saber o que Ele decidiu a respeito. Agora, toda a doutrina da sua santa Escritura, sobre este ponto, declara de forma mais clara e firme que Ele ordenou que ninguém seria salvo fora da Igreja de Cristo ou sem a verdadeira fé, e quem ousaria dizer que uma doutrina ensinada e declarada pelo grande Deus é pouco caridosa?
Mas o erro que muitos cometem nesse ponto vem do fato de não refletirem que Deus Todo-Poderoso não está obrigado a salvar ninguém. Ele perseguiu os anjos caídos com o máximo rigor da justiça e Ele poderia justamente ter tratado o homem da mesma forma. Se, portanto, Ele se agradou de oferecer a salvação à humanidade, pelos méritos de Jesus Cristo, isso é tudo um efeito da sua infinita bondade e misericórdia; mas como Ele é o perfeito mestre dos seus próprios dons, Ele certamente tem total liberdade para exigir as condições que desejar para conceder os seus dons a nós. Agora, o todo de sua vontade revelada nos declara que Ele exige que sejamos membros da sua Igreja e que tenhamos a verdadeira fé em Jesus Cristo como condições indispensáveis para a salvação; e quem ousaria criticá-lo por fazer isso? Ou dizer que é uma opinião pouco caridosa pensar e acreditar no que Ele declarou tão expressamente e repetidamente em suas santas Escrituras?
Observe ainda que não é apenas a Igreja Católica que sustenta essa doutrina. Vimos acima que os pais e fundadores da Igreja Protestante da Escócia afirmam, em termos expressos, que 'fora da verdadeira Igreja de Cristo não há possibilidade ordinária de salvação' e a inseriram como um artigo de fé no padrão público e autêntico de sua religião, a Confissão de Fé, que todos os seus ministros devem abraçar e assinar. A Igreja da Inglaterra também, de maneira autêntica, declara, como um artigo de seu Credo, 'que, a menos que o homem mantenha a fé católica inteira e imaculada, sem dúvida perecerá eternamente'; e garante aos seus membros que esse Credo pode ser provado pelos textos mais evidentes da Sagrada Escritura, pelos quais todos os seus ministros devem assinar. Além disso, ela afirma que 'aqueles que presumem dizer que todo homem (mesmo que não esteja na verdadeira fé de Jesus Cristo) será salvo pela lei ou seita que professa' devem ser considerados malditos. Se, portanto, essa doutrina for considerada pouco caridosa, as Igrejas da Inglaterra e da Escócia devem evidentemente cair sob condenação.
É verdade que, de fato, embora os fundadores dessas Igrejas, convencidos pelos testemunhos repetidos e evidentes da Palavra de Deus, tenham professado essa verdade e a inserido nos padrões públicos de sua religião, seus descendentes agora a negam e acusam a Igreja Católica de ser pouco caridosa por sustentá-la; mas isso só mostra sua inconsistência e prova que estão desprovidos de toda certeza no que acreditam; pois, se era uma verdade divina, quando essas religiões foram fundadas, que fora da verdadeira Igreja, e sem a fé católica, não há salvação, isso deveria ser assim ainda hoje; e se os seus primeiros fundadores estavam errados nesse ponto, que segurança podem agora ter seus seguidores em relação a qualquer outra coisa que ensinaram? Mas a Igreja Católica, sempre consistente e uniforme em sua doutrina, sempre preservando as palavras que uma vez foram colocadas em sua boca por seu Divino Mestre, em todos os tempos e em todas as idades, tem acreditado e ensinado a mesma doutrina como uma verdade revelada por Deus, de que 'fora da verdadeira Igreja de Cristo, e sem a sua verdadeira fé, não há possibilidade de salvação' e o mais autêntico testemunho público de seus inimigos prova que esta é a doutrina de Jesus e do seu santo Evangelho, seja o que for que pessoas privadas, por motivos egoístas e interessados, possam dizer em contrário.
Tampouco ela tem medo de ser considerada pouco caridosa por causa disso. Pelo contrário, ela considera o auge da caridade alertar os homens sobre o perigo que correm, em uma questão de tamanha importância como a salvação eterna; e, com compaixão por sua situação, usa todos os meios ao seu alcance, especialmente a oração fervorosa a Deus, pela conversão de todos aqueles que estão fora do verdadeiro caminho, para que possam ser levados ao conhecimento da verdade e serem salvos. Isso é verdadeira caridade; pois a caridade é uma virtude do coração, que faz o homem amar a alma do próximo e se empenhar para promover a sua salvação; e somente a opinião que tende a excitar e promover essa disposição merece ser chamada de caridosa; enquanto o contrário, que torna o homem indiferente e negligente em relação à alma do próximo, é verdadeiramente pouco caridosao.
É claro, portanto, que a acusação de ser pouco caridosa é uma mera distorção e calúnia, empregada para tornar a Igreja Católica e sua doutrina odiosas. Seus inimigos perceberam que a falta de caridade era um crime chocante para qualquer mente bem-disposta e que certamente causaria ódio e aversão, se fosse atribuída a ela. Eles sabiam que seus seguidores, que estavam sempre prontos para acreditar em qualquer coisa contra ela, não se esforçariam para examinar as bases dessa acusação e tomariam por garantido que ela era culpada com base em sua ousada afirmação; e o resultado confirmou sua opinião. Mas a menor atenção mostrará que sua conduta é o efeito da genuína caridade. São Paulo foi pouco caridoso quando declarou que 'nem os fornicadores, nem os idólatras, nem os adúlteros'... herdarão o reino de Deus'? (1Cor 6,9) ou quando ele pronunciou 'uma maldição sobre qualquer um, mesmo que fosse um anjo do céu, que pregasse qualquer outro evangelho além do que ele havia pregado' (Gl 1,8). Muito pelo contrário: isto foi a sua ardente caridade e o zelo pela salvação deles que o fez tão diligente em alertá-los sobre o perigo. Como, então, pode a Igreja Católica ser considerada pouco caridosa por simplesmente dizer o que ele declarou, com o mesmo motivo caridoso? Uma opinião desfavorável tem ela certamente sobre todos os que não pertencem à sua comunhão, mas isso nunca corresponderia a uma atitute pouco caridosa por parte da Igreja.
(Excertos da obra 'The Sincere Christian', V.2, do bispo escocês George Hay, 1871, tradução do autor do blog)
sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
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